Capítulo 30 - Irresistivel Parte 1

EDWARD POV


Depois que Bella foi embora eu sentia como se uma parte de mim tivesse ido junto com ela. Meu peito doía e eu não conseguia parar de chorar. Perguntas e mais perguntas martelavam em minha cabeça.

Por que ela terminou tudo se estávamos tão bem? Será que eu fiz algo de errado? E todas as juras de amor que trocamos? Ela disse que me amava e agora não tinha certeza?

Isso era impossível. Eu sei que ela me ama, eu sinto isso dentro de mim. Suas palavras eram confusas. Bella parecia querer me dizer algo nas entrelinhas, mas eu não conseguia decifrar o que era. Se ela me ama por que terminou dessa forma?

Eram tantos por quês sem respostas que sentia minha cabeça girar. Tentei inutilmente buscar uma explicação para sua atitude, mas não achei justificativas. Eu tinha perdido meu ponto de equilíbrio. Bella é meu tudo e de uma hora para outra esse meu tudo se esvaiu.

Os sentimentos dentro do meu coração travavam uma guerra impiedosa, e a única coisa que pensava era que eu tinha que resgatar o meu equilíbrio novamente. Eu não tenho vida sem ela, meu corpo perde forças sem ela ao meu lado. Bella não me deixou explicações plausíveis por sua atitude, eu sinto que tem algo de errado nisso.

Juntei forças para me levantar e só então percebi que estava de joelhos no chão e chorando desesperadamente. Não sei quanto tempo fiquei ali no penhasco, mas isso não importava. Tudo perdeu o sentido naquele momento. A única coisa que desejava era buscar explicações, ter minha Bella de volta e esquecer que esse dia existiu. Limpei as lágrimas que insistiam em cair e corri para o carro.

Entrei no mesmo e verifiquei as horas em meu celular. Já passava das três da tarde e tinha esquecido completamente do trabalho. Parti rumo à biblioteca na esperança de encontrá-la e conversarmos sobre tudo.

Chegando ao estacionamento não avistei a caminhonete da Bella. Estacionei meu carro o mais rápido possível e corri para dentro da biblioteca. Para o meu desespero ela não estava lá. Conversei com nossa supervisora e dei uma desculpa qualquer para justificar meu atraso, e ela explicou que Bella havia ligado e disse que faltaria no trabalho hoje.

Será que aconteceu algo com ela ou não queria me encontrar aqui? Sentei em minha mesa e liguei para seu celular. Isso só piorou minha situação porque ele chamava e ninguém atendia. De fato ela não queria falar comigo. Suspirei pesadamente e tentei ligar mais algumas vezes, porém foi em vão.

O expediente terminou e eu não havia feito absolutamente nada. Pedi desculpas à supervisora e expliquei a ela que estava com alguns problemas, justificando minha atitude de hoje. Sai dali rapidamente decidido a procurar Bella em sua casa. Ela não podia fugir de mim dessa maneira. Eu não vou perdê-la de modo algum.

Cheguei a sua casa dez minutos depois e sua caminhonete também não estava lá, e para me deixar mais louco ainda não tinha ninguém em casa. Ela sabia que a procuraria então com toda certeza está fugindo de mim.

Liguei para nossos amigos e ninguém estava com ela. Resignado decidi ir para o hotel e tentar seu celular pelo resto da noite. Passando pela rua principal, a duas quadras do hotel, parei no sinaleiro e vi uma cena que dilacerou meu coração. Bella estava em uma lanchonete conversando com um rapaz. Motivado pela curiosidade estacionei meu carro próximo de onde eles estavam e fiquei os observando.

Com certa dificuldade identifiquei com quem ela estava. Bruno, seu amigo do Instituto. Os dois conversavam o tempo todo e um sentimento de frustração e ciúme tomou conta de mim. Sentia-me frustrado porque quem deveria estar com ela era eu e ciúme porque depois que ela havia terminado comigo foi se encontrar com ele. Por que justo ele?

Bella me contou sobre como se conheceram e que mantêm essa amizade até hoje. Eu sei que não deveria supor essa idiotice, mas por que ela o procurou? Será que o fato dela estar com dúvida sobre seu amor é por causa dele?

Não Edward para com isso. Bella te ama. Sim eu sei que ama. Segurei-me para não sair do carro e correr para dentro daquela lanchonete. Encostei minha cabeça no banco e respirei fundo milhares de vezes tentando controlar meu impulso, e ele quase foi para o fundo do poço quando os vi se abraçando.

Praguejei por ser tão fraco e me torturar desse jeito. Segurei o volante do carro com toda minha força lutando internamente para não cometer uma injustiça. Os dois saíram da lanchonete e se despediram. Bella seguiu rumo a sua caminhonete e eu ainda tomado pela curiosidade a segui. Para minha total surpresa ela encostou o carro em frente ao hotel e ali ficou, olhando para entrada do mesmo.

Essa atitude de certa forma me deixou aliviado. Será que ela queria falar comigo? Estacionei meu carro logo atrás e liguei para seu celular. Podia ver claramente seu rosto de onde estava. Bella pegou seu celular e o fitava enquanto piscava minha ligação.

Atenda por favor. Desejei com todas as minhas forças, no entanto ela não o fez e partiu logo em seguida. Fiquei tentado em segui-la até em casa, mas resolvi ir para o hotel e acalmar esse turbilhão de sentimentos que tomavam conta do meu ser.

Tomei um banho quente e tentei relaxar meu corpo, mas as lágrimas insistiam em cair. Coloquei uma roupa confortável, me deitei e instantaneamente meu corpo foi invadido pelo cheiro dela, da minha Bella. Agarrei o travesseiro que tinha seu cheiro e me apertei a ele, permitindo meu corpo se inebriar e ter a ilusão de que ela estava ali comigo.

BELLA POV

A dor que eu sentia parecia querer destruir meu coração. Eu não tinha forças para levantar da minha cama. A verdade é que eu não queria sair dali nunca mais. Me sentia o pior ser humano da face da terra. Lembrar das lágrimas que o fiz derramar acabava comigo.

Eu sabia que seria difícil, mas não imaginei que doeria tanto. Forcei-me a levantar da cama e verifiquei as horas. Perdi completamente a noção do tempo. Liguei para a biblioteca e avisei minha supervisora que não tinha condições de trabalhar. Algo me dizia que se o encontrasse por lá não resistiria à sua presença. Minutos depois que desliguei, meu celular tocou. Era Edward que me ligava. Minha vontade era de atender, pedir desculpas por tudo e implorar para que viesse ao meu encontro, porém juntei forças para ignorar suas ligações. Relutante levantei da cama e sequei minhas lágrimas.

- Bella você não vem almoçar? – Renesme entrou em meu quarto e eu tentei disfarçar minha cara de choro.

- Oi pequena eu já vou descer ok? – abri meu guarda roupa e fingi pegar algo ali.

- Ah então ta. Eu fiz uma salada de frutas pra gente.

- Que bom. Me dá dois minutos.

- Ta bem. – ela fechou a porta e eu me olhei no espelho. Nem que eu quisesse conseguiria disfarçar minha tristeza.

Desci logo depois e almoçamos juntas. Minha irmã pareceu perceber meu estado, mas não questionou o porquê deu estar assim. Limpamos a cozinha e ela em seguida foi se encontrar com Jake.

Céus ele não sai da minha cabeça um segundo sequer. Como eu vou suportar ficar longe dele?

Vamos lá Bella não fraqueje. Agora que já está feito você tem que seguir com o plano.

Respirei fundo, tomei coragem e liguei para o Bruno. Pedi que se encontrasse comigo em uma lanchonete perto do centro, e ele como sempre muito atencioso, não recusou meu pedido. Lavei meu rosto na tentativa de disfarçar os olhos vermelhos e voltei para meu quarto. Assim que peguei minha bolsa olhei para o celular e vi uma ligação de Esme. Lembrei que não nos falamos no final de semana e queria saber sobre a Gabi.

- Bella querida.

- Olá Esme. Tudo bem?

- Comigo tudo Bella. E você? Está muito ocupada?

- Estou bem. Estou em casa, não fui trabalhar hoje.

- Aconteceu alguma coisa? Não se senti bem?

- Não é nada demais, só uma indisposição. Conte-me como está a Gabi?

- Ela apresentou uma certa melhora de sexta pra cá. Os médicos estão cuidando muito bem dela, mas vê-la tão indefesa judia de mim Bella.

- Eu sei Esme. Queria tanto poder ajudar, mas fique tranqüila que logo a situação irá melhorar.

- Tenho certeza que sim querida. E como foi tudo no final de semana? A prova? O teste do Edward?

- Eu estou confiante. Acho que fui bem e... O Edward também foi muito bem.

- Estou tão feliz por vocês Bella. Sou tão grata a você por ajudar meu menino. Não sei como te agradecer por isso. – senti um nó na garganta por ouvi-la falar isso.

- Eu o amo Esme e faria de tudo por ele.

- Sei que sim Bella. Agora preciso ir, só liguei rapidamente para saber como foi tudo. Tenho algumas coisas para resolver antes de voltar para o hospital.

- Se precisar de algo, por favor, me avise Esme. Eu pretendo fazer algumas coisas essa semana e tenho certeza que logo tudo irá se resolver.

- Eu aviso sim. Fique bem querida e mande um beijo para o Ed.

- Pode deixar. Um beijo pra você e pra Gabi.

- Beijo. Tchau.

- Tchau.

Desliguei respirando com dificuldade. Dei minha palavra a ela que a ajudaria e que também cuidaria do Edward. Eu vou ajudá-los nem que tenha que ir ao inferno.

Peguei minha bolsa e sai de casa rumo à lanchonete. Precisava conversar com Bruno sobre meus planos e só ele poderia me ajudar. Sentei em uma mesa perto da janela e aquele lugar me trouxe recordações de quando estive ali com Edward.

- Bella. – olhei para o lado e vi Bruno chegando.

- Oi Bruno. Me desculpe te ligar assim do nada, mas preciso muito falar com você. – nos cumprimentamos e ele puxou uma cadeira sentando ao meu lado.

- Bella você está com uma cara horrível. Aconteceu alguma coisa?

- Aconteceu. Preciso muito de sua ajuda. – ele segurou minhas mãos que insistiam em tremer.

- O que foi? Está me deixando preocupado assim.

- Eu vou te contar tudo Bruno.

E contei realmente sobre tudo. Bruno e eu não conversávamos a um bom tempo e ele não sabia dos últimos acontecimentos. Expliquei a ele sobre a intimação que Esme recebeu, sobre a Gabi, a chantagem da Lauren e sobre minhas intenções em resolver tudo aquilo.

- Você terminou com ele por causa de uma chantagem? - Bruno parecia não acreditar naquilo.

- O que eu poderia fazer Bruno? Se contasse a ele, Lauren destruiria com o sonho dele. Eu o amo demais para permitir que isso aconteça. – sem conseguir controlar as lágrimas começaram a rolar.

- Sabe... Eu nunca conheci alguém como você, que é capaz de abrir mão de um amor para vê-lo feliz. Você é uma pessoa extraordinária Bella. – ele secou minhas lágrimas e eu sorri sem jeito - Eu vou te ajudar sim. Você é mais do que uma amiga, eu te considero como uma irmã. Me parte o coração te ver nesse estado.

- É tão bom saber que não estou sozinha Bruno, você também é como um irmão pra mim. Se tivesse que enfrentar isso sem o apoio de alguém não sei o que seria de mim. Você acha que pode dar certo?

- É arriscado, mas acredito que sim. Eu tenho receio depois do que me contou que aconteceu Bella. Aquele acidente na rua não foi por acaso e lembre-se da ameaça que recebeu.

- Isso não me importa Bruno. Eu estou disposta a qualquer coisa.

- Bem pelo que me contou temos pouco tempo. Eu vou entrar em contado com meu primo e confirmar o paradeiro do investigador. Ele me dando um ok esse final de semana mesmo resolvemos isso.

- Obrigado Bruno. Eu precisava tanto desabafar com alguém. – o abracei carinhosamente.

- Você sabe que pode contar comigo para qualquer coisa, mas não fique assim. Precisa ser forte e tenho certeza que tudo vai se resolver.

- Deus te ouça. – o soltei do abraço me sentindo mais calma.

- Eu preciso pegar a Renata daqui a pouco. Eu te ligo mais a noite para acertarmos tudo ok? Você quer que eu te leve em casa?

- Não precisa obrigado. Eu estou de carro.

- Então ta. Se cuide está bem. Qualquer coisa me ligue.

- Obrigado mais uma vez Bruno. – nos levantamos e nos despedimos.

Saindo da lanchonete decidi ir para casa e aguardar a ligação do Bruno. Entrei em meu carro e, querendo ou não, acabei parando em frente ao hotel em que Edward está hospedado. Fiquei ali olhando para o mesmo, enfrentando uma batalha de sentimentos. Todo meu corpo pedia que eu descesse dali e corresse até ele. Meu coração tinha necessidade de sua presença como se dependesse disso para continuar batendo.

Eu queria tanto saber se ele está bem. Peguei meu celular na bolsa e o mesmo mostrava que Edward continuava me ligando. Se atendesse o que diria a ele? Com certeza ele está me procurando para saber dos meus verdadeiros motivos para ter terminado tudo. Ele sabe que eu o amo mais do que tudo nessa vida.

A desculpa que dei foi totalmente sem sentindo, eu sei muito bem disso, mas não havia outra coisa a dizer. Não existi um manual que nos ensina a terminar com alguém que amamos.

Resistindo a tentação de atendê-lo sai dali o mais rápido possível e cheguei em pouco tempo em casa. Meu pai chegaria logo então decidi fazer uma janta para nós, não deixando transparecer meu sofrimento. Minha irmã ainda desconfiando que tinha algo de errado desceu para a cozinha assim que cheguei em casa.

Eu pensei que ela fosse me bombardear com perguntas, no entanto ela não o fez. Ficamos em silêncio enquanto me ajudava com o jantar. Meu pai chegou, jantamos normalmente e Renesme me ajudou a limpar a cozinha.

- Bella? Renesme? – meu pai nos chamou da sala e fomos ver o que queria.

- O que foi pai? – questionei enquanto caminhava até a sala.

- Preciso conversar com vocês duas. Sentem-se aqui um pouco. – o fizemos e eu o fitei com curiosidade.

- Filhas... Sue e eu conversamos ontem e decidimos a data da nossa festa de noivado.

- Puxa que bom pai. E quando vai ser? – Renesme indagou empolgada.

- Sábado agora.

- Sábado? – indaguei assustada.

- Isso mesmo. Como queremos algo mais intimo então dará tempo de planejar tudo durante a semana. E eu conto com a ajuda de vocês.

- Claro pai. Com certeza. Amanhã mesmo vou ligar pra Sue e combinar tudo.

- Que bom que gostou Renesme. E você Bella?

- É... Ótimo pai. Pode contar comigo também. – sorri tentando disfarçar minha frustração.

- Maravilha meninas. Eu estava pensando em algo bem simples...

Meu pai começou a falar sobre a festa, porem meus pensamentos estavam longe dali. Dependendo do que Bruno me disser teríamos que viajar a noite para a Califórnia e aproveitar o domingo para resolver tudo.

- O que acha da idéia Bella? – meu pai me despertou.

- Oi? Ah acho legal. – respondi sem graça.

- Eu vou ligar para o Jake e pedir que me ajude amanhã. – Renesme saiu da sala saltitando até a cozinha.

- Filha está tudo bem? Você me parece tão distante.

- Está sim pai, é só cansaço.

- Bella... Esse seu pai aqui pode ser meio desligado às vezes, mas eu conheço esse rostinho. Por que está triste?

Realmente não consigo mentir para meu pai. Se a viagem desse certo de qualquer modo teria que pedir a ele pra ir à Califórnia com o Bruno, no entanto teria que mentir sobre os motivos verdadeiros.

- Pai lembra que eu te contei sobre a família do Ed, aquela vez que me deixou ir para a Califórnia com o Jake?

- Sim lembro.

- Então... Esme está com alguns problemas e precisa de minha ajuda. Eu vou precisar ir para lá o quanto antes e pedi que o Bruno fosse comigo dessa vez.

- Que tipo de problemas filha? E por que o Bruno?

- Esme está com alguns problemas legais e o Bruno tem um... Primo que é advogado. Eu preciso muito ajudá-la pai.

- E por que precisa ser agora? Foi por isso que não se entusiasmou com festa?

- Tem que ser o quanto antes pai. E eu estou feliz sim com a festa, pode contar comigo para o que precisar. Se tudo der certo... Me deixaria viajar com o Bruno logo após a festa?

- Filha... Eu sei que você se preocupa com o Edward e todos os problemas que a família dele tem, mas você não pode ajudar tudo mundo.

- Eu preciso fazer isso pai. Por favor, me deixe ir? – pedi quase suplicando. Meu pai suspirou e beijou minha testa.

- Está bem filha. Você já é bem grandinha e sabe o que faz. Só não quero te ver com esse rosto triste ok?

- Obrigado pai. – o abracei - Agora me diz uma coisa... Você já comprou as alianças?

- Esperava que fosse perguntar isso. Ainda não as comprei e gostaria que você e Renesme fossem me ajudar a escolher.

- O que tem eu? – Renesme voltou para sala com um largo sorriso. Ela sempre fica assim logo depois que fala com Jake.

- Papai estava falando que precisa de nossa ajuda para comprar as alianças.

- Jura? Ai que ótimo. Assim eu já vou pensando também em como será a minha e do Jake.

- O que? – meu pai quase se engasgou com a cerveja que tomava.

- É pai. Quem sabe daqui um tempo o Jake não me pedi em casamento. – Renesme levantou do sofá e meu pai foi atrás dela.

- Negativo mocinha. Você é muito nova pra casar. Você acabou de ganhar uma aliança de compromisso e espero que ela ainda fique muito tempo ai. Renesme volta aqui. – comecei a rir dos dois. Só minha irmã para deixar meu pai desconcertado.

Terminei de arrumar a cozinha e subi para meu quarto. Pensando melhor sobre a festa de noivado achei que surgiu em boa hora. Se conseguir me manter ocupada durante a semana com isso talvez o tempo passe mais rápido. Eu desejava que ele passasse voando para ter meu amor de volta. Se é que ele me aceitará de volta...

Para me distrair e não deixar que o choro tomasse conta de mim comecei a arrumar algumas bagunças em meu quarto. Ajeitei tudo em pouco tempo e sentei na minha cama, rodopiando o celular ansiosa pela ligação do Bruno. O senti vibrar e quase o deixei cair no chão.

- Bruno? Alô? – ninguém respondeu e eu olhei para o visor. Meu coração quase saiu pela boca quando vi que era o Edward. – Edward? – chamei, mas ele já tinha desligado.

Sua burra por que tinha que ficar brincando com a droga do telefone? Num impulso retornei sua ligação e caiu na caixa postal. Burra, burra, burra. Mas espera... Por que ele desligou?

Levantei num átimo e meu telefone tocou novamente.

- Edward?

- Não é o Bruno, Bella.

- Oi Bruno. E aí? Têm boas noticias?


Bruno me contou que o endereço do investigador continuava o mesmo e que ele só mudará de telefone. Comentei com ele sobre a festa de noivado e que teríamos que viajar logo depois. Suspirei aliviada por tudo estar caminhando ao meu favor.

Assim que desliguei tentei mais uma vez o celular do Edward, mas continuava desligado. Coloquei meu celular em cima do criado mudo e fui tomar um banho. Essa ligação dele não me saia da cabeça.

Ai Bella para de bobagem. O Edward sabe da sua relação com o Bruno, não tem porque pensar besteira. Como será que ele está agora? Queria tanto estar ao lado dele. Fitei em meu pulso a pulseira que havia me dado de presente. Lembrei de suas palavras naquele dia...

“Bella... Entenda uma coisa. Nada disso é mais importante para mim do que você. Você é o meu bem mais precioso, o qual eu não consigo mais viver sem. Isso não é nada perto do que eu gostaria de te dar e que ainda darei. Os meus planos é algo que eu quero conquistar com você nem que leve uma vida inteira para fazer isso. Eu gostaria que a usasse para lembrar que o meu coração é para sempre seu e que esse diamante representa você, a minha maior preciosidade”.


(...)

Não consegui dormir. Rolei na cama a noite inteira, e já cansada de tanto pensar levantei e fui preparar o café. Olhei para o relógio da cozinha e marcava cinco horas da manhã.

Pare de pensar Bella, você vai ter que enfrentá-lo hoje na escola.

Céus e se eu não conseguir resisti-lo e colocar tudo a perder? E se a Lauren tentar agarrá-lo na minha frente? Eu juro que se ela fizer isso não responderei pelos meus atos.

Uma insegurança tomou conta do peito. E se ele acreditou que eu realmente estava em dúvida de meu amor por ele? E se ele achar que o larguei para ficar com o Bruno? E se ele desistir de mim? São tantos e se, que minha cabeça estava estourando.

Tomei café e fui me preparar para o colégio. Tomei um banho, guardei alguns livros na mochila e a hora nada de passar. Eu poderia chegar mais cedo no colégio assim ficaria mais fácil evitá-lo. É isso mesmo...

Peguei minhas coisas e desci correndo. Meu pai já tomava café.

- Tchau pai. – beijei seu rosto.

- Espera filha já vai sair?

- Quero chegar mais cedo hoje.

- O Edward não vem te buscar?

- É... Hoje não.

- Ah... Vocês têm algo combinado pra hoje? Queria ver as alianças com vocês.

- Não temos nada pai. Eu passo na delegacia assim que sair do serviço.

- Então tá. Vou pedir pro Jake deixar a Renesme por lá também.

- Ok. Tchau pai.

- Tchau Bella. – corri para o carro e parti rumo ao colégio.


Não tinha quase ninguém no pátio. Estacionei meu carro e fui me sentar num dos bancos perto do portão de entrada. Peguei um livro para me distrair e aos poucos os alunos foram chegando.

Avistei um carro bem conhecido chegando e assim que Emmett estacionou Alice veio saltitando ao meu encontro.

- Bellinha o que faz ai sozinha?

- Oi Lice. Cheguei mais cedo hoje e aproveitei pra colocar a leitura em dia.

- Cadê o Ed? Ele não foi te buscar hoje? – indagou sentando ao meu lado.

- Não.

- Oi Bellusca. – Emmett sentou do outro lado e me deu um abraço sufocante.

- Oi Emm. Tudo bem?

- Tudo. Cadê meu irmão? Vocês não vieram juntos?

- Não. – respondi sem jeito e Alice me olhou com estranheza.

- Emm... Eu precisava conversar uma coisinha com a Bella. Você poderia nos dar licença só um minutinho?

- Ihh papo de mulher. Tô fora. Depois a gente se fala. – Emm levantou e foi até seu carro. Alice me lançou um olhar mortífero e eu abaixei a cabeça.

- Bella por que está com esse rostinho triste amiga? – Caramba porque eu tenho que ser tão transparente assim?

- Não estou triste Lice.

- Ok pode parar. Você não me engana e eu posso sentir que algo aconteceu. Me conta vai?

Eu não tinha como fugir da baixinha e logo eles perceberiam que Ed e eu não estamos mais juntos.

- Ai Alice... De fato eu não estou legal. Edward e eu... Nós não estamos mais juntos.

- O que? – ela quase gritou – Eu vou matar esse meu irmão. Ah mais hoje eu pego ele de jeito. Espera só ele chegar aqui. – ela esbravejou colocando as duas mãos na cintura mostrando indignação.

- Não Lice. O Ed não tem culpa de nada.

- Como não? Ele terminou de novo com você e não tem culpa?

- Na verdade fui eu quem terminou. – ela me olhou boquiaberta.

- Mas... Eu não... Bella... O que aconteceu? Vocês estavam tão bem.

- Eu... Não queria, mas foi preciso.

- Agora eu não entendi mais nada. Você vai ter que me explicar isso direitinho Bella.

- Alice eu não posso... – nesse momento virei meu olhar para o pátio e avistei o carro do Ed. Ele saiu do mesmo e nossos olhares se cruzaram. Seu semblante estava cansado e triste. Seus olhos não tinham o mesmo brilho de sempre.

Ele estava sofrendo tanto quanto eu. Meu coração ficou pequeno no peito ao vê-lo assim. Eu não podia permitir que ele ficasse desse jeito.

- Lice eu preciso te pedir uma coisa.

- Pode falar amiga.

- Eu não posso te contar meus motivos, mas você pode sentir que amo seu irmão. Eu fiz isso por ele Alice. Me parte o coração vê-lo desse jeito. – ela fitou o irmão e entendeu o que eu falava - Ele vai precisar de vocês agora. Por favor, faça com que ele se sinta amado e que pode contar com vocês.

- Mas como eu posso fazer isso Bellinha? Ele se mantém tão distante.

- Eu sei que ele me pediu para não fazer isso, mas nesse caso não vejo outra solução. Ele está hospedado nesse hotel aqui. – anotei numa página do caderno e lhe entreguei – Fique perto dele por mim, eu preciso saber que ele está bem Lice.

- Está certo Bellinha. Eu sei que não faria isso se não fosse preciso, mas eu queria tanto ajudar. Por que não pode me contar?

- Estragaria ainda mais as coisas se o fizesse. Eu só preciso de um tempo até resolver tudo.

- Eu confio em você e pode contar comigo. Eu vou fazer o que me pediu.

- Obrigada Alice. – a abracei – Agora eu preciso ir. Não quero piorar as coisas e deixar tudo desconfortável.

- Ele não tira os olhos de você. Por que não conversam?

- Eu não suporto ficar perto dele nessa situação. Se depender de mim jogo tudo pro espaço e o agarro na mesma hora. – Alice deu uma risada baixa.

- Eu te entendo. Se passasse por isso com o Jass seria da mesma forma.

- Eu vou entrar. Mais tarde conversamos ok? – levantei e evitei de olhar para o pátio.

- Ok Bellinha.

Entrei no colégio e sentei no meu lugar habitual. Hoje Edward e eu teríamos aula juntos então precisava me concentrar em outras coisas para não surtar com isso. Fiquei fazendo rabiscos no caderno até que senti sua presença ao meu lado. Seu perfume me invadiu de tal maneira que fez meu coração bater num ritmo frenético.

Continuei rabiscando o caderno sem ao menos ousar olhar para o lado. O professor logo entrou na sala e começou a aula. Sabe quando você senti que alguém está te secando? Eu podia sentir os olhos de Edward cravados em mim e isso me deu um calor absurdo, por mais que estivesse super frio.

Vintes minutos para acabar a aula...

Dez minutos...

Sete...

Seis...

Cinco minutos e dezesseis segundos...

Sim eu estava contando até mesmo os segundos.

Dois...

Um...

- Você não vai conseguir fugir de mim por muito tempo Bella. – Edward disse próximo ao meu ouvido. Acho que nesse momento a turma toda pode ouvir o batuque alucinado do meu coração.

O sinal tocou e num átimo sai daquela sala. Atravessei o corredor e entrei no banheiro ofegante.

Raios!!! Por que eu sou tão vulnerável a ele? Xinguei-me por ser tão fraca.

Não você não é fraca e sim loucamente e absurdamente apaixonada por ele, só isso.

O pior é que você não tem que enfrentá-lo só no colégio, ainda terá uma tarde inteira ao lado dele.

Droga, droga, mil vezes droga.

Ok se acalme, levante a cabeça e saia desse banheiro como se nada tivesse acontecido.

O fiz e sai correndo para a próxima aula. No intervalo quando cheguei ao refeitório avistei Edward sentado com todos os nossos amigos. Não queria criar uma situação chata então me contentei em comprar um suco e fui me sentar do lado de fora do refeitório.

Se ele estiver com nossos amigos estará bem, assim Lauren não terá margem para se aproximar dele. Só de pensar nisso meu sangue fervia e eu estou mais do que disposta a estragar seus planos. Peguei o mesmo livro e continuei minha leitura.

Mentira! Eu não conseguia me concentrar em nada. Quer um exemplo? Eu estava lendo um romance e sempre que aparecia o nome do mocinho eu lia Edward.

- Oi Bells. - levantei os olhos e avistei Jake se aproximando.

- Oi Jake.

- Posso saber por que está aqui e não lá dentro conosco e seu namorado? – ele indagou sentando ao meu lado.

Eu me enganei. A pior parte disso tudo não é tentar evitar ao Edward e sim ter que dar explicações aos nossos amigos.

- Nada demais Jake. Só queria ler esse livro. – Jake colocou a mão em minha testa.

- Você está com febre ou o que? Prefere ler a ficar com o Edward? – revirei meus olhos e bufei.

- Nós não nascemos grudados sabia? – cruzei os braços e fechei o livro.

- Ok. Pode desembuchar... Esse mau humor não combina com você. O que está acontecendo?

- Não está acontecendo nada. – desviei o olhar e fitei o chão.

- Não tente me enganar Bella, te conheço muito bem. O Edward não abriu a boca desde que chegou ao colégio, e depois que você saiu por aquela porta e sentou aqui fora, ele simplesmente não tirou os olhos dessa direção. Vocês brigaram?

- Não... Nós terminamos. – falei num fio de voz.

- Como é que é? – Ah que ótimo mais um que quase gritou com isso. – Eu vou matar ele. – Jake se levantou e eu rapidamente o parei.

- Por que todo mundo acha que ele é o culpado? Fui eu quem terminou Jacob, ele não tem culpa de nada. – ele me olhou igual à Alice.

- Peraí você terminou? Por quê? Como?

- Jake senta aqui vai. – o puxei e sentamos novamente – Eu tenho meus motivos pra ter feito isso.

- Mais o que aconteceu? Vocês estavam tão bem.

- Sim eu sei, mas foi preciso.

- Por que eu sinto que está me escondendo algo Bella? – Jake pegou minhas mãos e eu me segurei para não chorar.

- Não estou escondendo nada. Só... Não quero falar sobre isso. – ele suspirou e deu um meio sorriso.

- Tudo bem. – Jake me abraçou apertado e eu não consegui segurar as lágrimas. – Você sabe que se precisar conversar eu estou aqui não é mesmo?

Jake é meu melhor amigo e confidente desde que me entendo por gente. Meu peito gritava de necessidade para compartilhar tudo com ele, mas não podia. No entanto só o fato de saber que posso contar com ele e receber um abraço verdadeiro já acalmou meu coração.

- Sei sim Jake. – me soltei de seu abraço e enxuguei meu rosto.

- Seu pai comentou que irão comprar as alianças pro noivado hoje.

- Sim. Meu pai está tão animado.

- Sue também está. O Billy está de cabelo em pé correndo atrás das coisas pra ela. – comentou divertido. Ri ao imaginar os dois.

Jacob me fez companhia até o sinal tocar. Voltamos juntos para as salas e eu tentei me entreter com a matéria. Na saída procurei sair antes de todos e não me despedi de ninguém. Cheguei em casa, fiz o almoço e fui me preparar psicologicamente para a tarde que viria.

(...)

Chegando à biblioteca logo vi o carro do Ed estacionado. Peguei minha bolsa, tranquei meu carro e marchei até a biblioteca. Escutei o barulho da porta se fechando e de esguelha vi Edward se aproximando. Abri a porta tremendo e entrei, olhando pro chão o tempo todo.

Edward entrou logo atrás e foi direto sentar em sua mesa. Eu fiz o mesmo e tratei de começar meu serviço. Atendi algumas pessoas e no final da tarde devolvi alguns livros as suas respectivas sessões. Querem saber o que o Ed fez nesse tempo todo? Nada, ficou sentado olhando para cada passo que eu dava.

Aquilo era pior do que o Big Brother que tem uma câmera filmando tudo o que você faz. Seus olhos me perfuravam de cima a baixo e ele parecia analisar cada movimento meu, cada suspiro e trocada de olhar que dávamos.

Faltando poucos minutos para as cinco da tarde a biblioteca já estava vazia. Fui até a sala dos computadores desligar as máquinas, e me assustei ao ouvir a porta atrás de mim se fechar e um clic da fechadura.

Olhei para trás e vi Edward encostado à porta de braços cruzados. Engoli seco quase arfando.

- P-Por que fechou a porta Edward? – indaguei desviando seus olhos e continuando a desligar as máquinas.

Escutei seus passos se aproximando de mim e seu cheiro tomar conta daquela sala minúscula.

Não a sala era enorme, mas de repente ficou muito apertada. Por Deus... Acho que comecei a suar frio.

Terminei de desligar tudo e me virei de frente a ele, só não fazia idéia de que estivesse tão perto de mim.

- E-Eu já terminei aqui. Preciso terminar de...

- Você não sai daqui antes de conversarmos. – seu tom foi tão firme que me arrepiei inteira.

Meu Pai Amado dê-me forças...

- Não temos nada para conversar Edward. – dei um passo à frente intencionada a sair dali o quanto antes, mas ele me impediu.

- Muito pelo contrário Isabella. Temos muito que conversar. – Caramba eu adoro quando ele me chama de Isabella.

- Eu tenho compromisso daqui a pouco. – expliquei e seu semblante fechou na hora.

- Ah é mesmo? Mal me dispensou e já tem compromissos? – seu tom sai muito sarcástico.

- Do que está falando?

- Foi por isso que terminou tudo? Para ficar com ele?

- Não estou te entendo Edward. De quem está falando?

- Bruno. Não era com ele que queria falar ontem?

Céus eu sabia que ele pensaria tudo errado.

- Eu tenho compromisso com meu pai Edward. Me magoa insinuando isso.

- Então por está fugindo de mim Bella? Você não atende minhas ligações e quando o faz pensa que era ele. – seu rosto demonstrava uma tristeza sem fim.

- Eu... Só estava combinando com ele sobre nosso encontro no Instituto. – abaixei meu olhar e percebi que minhas mãos tremiam.

- Me explica Bella... Por que terminou comigo? Eu sei que tudo o que disse ontem é mentira. – ele se aproximou ainda mais e tocou meu rosto. Cada célula do meu corpo respondeu ao seu toque e instantaneamente senti meu corpo inteiro queimar por ele. Suplicando por ele. Fechei meus olhos sentindo meu coração bater loucamente.

Comecei a me sentir zonza, grogue, desnorteada e tantos outros sinônimos que justificam o que sua presença me causa.

- Por favor, não faz isso. – pedi sem olhar para ele.

- Eu sei que você me ama. Eu tenho essa certeza porque cada pedaço do seu corpo me diz isso. Tem alguma coisa de errado acontecendo Bella, eu sei que tem.

Não... Ele não pode desconfiar de nada.

- Não há nada de errado Edward. E eu mantenho tudo o que disse ontem.

- Então olha nos meus olhos e diz que não me ama. Diz que não tem certeza do amor que senti por mim. – ele levantou meu queixo e me fez encarar seus olhos, seus lindos olhos verdes.

Preciso dizer que comecei a chorar? Eu sou uma manteiga derretida isso é fato.

- Eu não posso fazer isso. Não posso. – ele deu o meu sorriso torto e meu coração amoleceu completamente. Me rendi a ele.

Que se exploda o mundo nesse momento.

- Você é muito teimosa sabia? Se não tem nada de errado então por que me disse tudo aquilo? Por que está nos fazendo sofrer assim Bella? – ele secou minhas lágrimas e aproximou seu rosto do meu.

- Me deixe ir Edward. – pedi tentando controlar meu choro e minha vontade de beijar seus lábios.

- Sabe quando eu vou te deixar ir? Nunca. Sabe por quê? Porque você é minha Bella. Você é a mulher da minha vida e eu não vou deixar que nada nos separe. – ele roçou seus lábios nos meus e eu salivei de expectativa por um beijo, no entanto ele se afastou de mim, abriu a porta e saiu da sala.

Para tudo. Alguém entendeu que droga foi essa?

Sai daquela sala batendo os pés e bufando de raiva. Ele queria o que? Me provocar? Me torturar?

Edward pegou suas coisas ainda com o sorriso torto no rosto e foi embora sem nem ao menos me dar tchau.

Ele me paga. Ah se paga.

Arrumei minhas coisas e não pude evitar sorrir também. Eu sabia que ele não acreditaria, ele sabe que o amo.

(...)

A semana passou num piscar de olhos. Por causa dos preparativos da festa de noivado do meu pai acabei me distraindo a maioria do tempo. Renesme e eu ajudamos meu pai a escolher as alianças. Pelo que conheço da Sue ela ficará encantada. A festa será realizada na casa da Sue mesmo. O quintal dos fundos é bem espaçoso e conseguimos fazer uma decoração bem clean e charmosa.

Meu pai convidou os parentes mais próximos, amigos e claro que isso significava que o Edward também viria. Ninguém sabia que tínhamos terminado a não ser nossos amigos mais chegados. Durante a semana evitei Edward o máximo que podia. E ele? Bem ele não fez a menor questão de me evitar. Onde eu estava ele dava um jeito de estar também. Alice cumpriu com sua palavra e não saia do lado do irmão um minuto se quer. O semblante de Edward ainda estava triste assim como o meu, porem quando estava cercado por nossos amigos refletia um pouco de felicidade. A notícia ruim é que Lauren começou suas investidas e fazia de tudo para estar perto dele.

Acham que isso me irritou? Profundamente. Ontem eu já estava a ponto de avançar em cima dela e estapear aquela cara de vadia dela. Edward parecia perceber meu estado de nervos e talvez para me provocar mais ainda almoçou com eles durante o intervalo.

Hoje acordei cedo e pulei da cama com um humor do cão. Para quem acha que é por que ele estará na festa acertou em cheio. Meu pai, Renesme e eu fomos logo após o almoço para casa da Sue terminar de arrumar os últimos detalhes. Escolhi para vestir um vestido azul marinho frente única, um bolero quase no mesmo tom e sapatos pretos. Fiz uma maquiagem suave como sempre e me perfumei.

A única coisa que me deixa contente é que tudo que havia planejado estava dando certo, e claro, também estava contente por meu pai. Seu sorriso não saia do rosto e ele parecia um adolescente dizendo que estava nervoso com o noivado.

Depois que terminei de me arrumar fui para a cozinha perguntar a Sue se precisava de ajuda. Alguns parentes já tinham chego e assim que descia as escadas escutei a campainha tocar.

- Eu atendo. – gritei e fui até a porta.

- Bellusca. – assim que abri a porta Emmett me pegou num abraço e me rodopiou. Adoro o bom astral dele.

- Oi Emm.

- Bellinha como você está linda. – Alice elogiou me dando um beijo no rosto.

- Obrigada Lice. Você também está linda.

- Oi amiga. – Rose me deu um abraço demorado e apertado.

- Oi Rô.

- Bella você realmente está linda, mas minha fada está mais linda ainda. – Jasper disse também me abraçando apertado.

- Você é um puxa-saco mesmo heim. – Emmett retrucou e todos rimos.

Todos entraram e meus olhos se depararam com uma imagem perfeita e única. O colírio para meus olhos. Preciso dizer que ele estava... Deslumbrante? Parei até de respirar.

- Oi Bella. – Edward entrou me dando um beijo no rosto.

- Oi. – soltei o ar de uma só vez.

- Você está linda.

- Obrigada. – fechei a porta e só então percebi que todos já tinham ido para o quintal. – Você também está muito lindo. – ele sorriu.

- Bella? – Bruno apareceu na sala.

- Oi Bruno. Você se lembra do Edward não é mesmo?

- Claro. Como vai Edward? - Bruno estendeu a mão lhe cumprimentando.

- Podia estar melhor e você? – Edward não estendeu sua mão e seu semblante mudou da água para o vinho.

- Estou bem. – Bruno sorriu sem graça - Bella, Renesme está te chamando.

- Ah sim... Você a avisa que já vou Bruno?

- Ok. – ele saiu da sala super sem jeito e eu encarei o Edward.

- Qual o seu problema? Por que essa educação toda com o Bruno?

- O que ele está fazendo aqui? – indagou enfezado.

- O Bruno é amigo da família Edward. Sabe muito bem disso.

- Só amigo?

Pronto lá vem ele com ciúmes.

- Sim. E você? Pensei que fosse trazer aquela sua amiguinha a tira colo.

- Quem?

- Não se faça de desentendido Edward. – levantei minha voz.

- Você está com ciúmes da Lauren?

- E você do Bruno.

- Se não me desse motivos...

- O que quer dizer com isso? – ele olhou em direção ao quintal e pegou meu braço, abrindo o closet de casacos da sala e nos trancou ali. Acendi a luz e o encarei brava.

- Eu vi vocês dois juntos Bella. Assim que terminou comigo foi correndo se encontrar com ele.

Caramba ele nos viu? Por isso está entendendo tudo errado.

- Não o procurei com essas intenções Edward. Eu precisava conversar com alguém. – cruzei os braços e abaixei o olhar.

- Não podia ser com minha irmã ou com a Rose? – ele ironizou passando a mão nos cabelos nervosamente.

- E você heim? Pensa que eu não te vi dando bola pra Lauren? Não tem o direito de me cobrar nada.

- Droga Bella. A Lauren é insignificante. Eu tenho asco dela, será que você não percebe isso? Eu almocei com eles ontem pra constatar que você ainda me quer. O seu ciúme me fez comprovar isso.

-Fazer esse tipo de coisa é idiotice e eu não tenho ciúmes. – retruquei me exaltando.

Essa situação toda estava acabando comigo. Meu estômago começou a se rebelar. Eu não queria discutir com ele. Ele não tinha porque duvidar do meu amor.

- Pois eu tenho e muito. Eu fico louco só de saber que você está perto de outro homem Bella. – ele se aproximou e acariciou meu rosto – Ver você assim tão linda e saber que não posso mais te ter me deixa completamente sem chão. Essa foi a pior semana da minha vida. Eu levanto da cama somente pela esperança de poder te ver. Mesmo que tente fugir de mim eu não vou me afastar de você. Eu preciso de você Bella, assim como eu preciso de ar para sobreviver.

Sua voz rouca e suave me deixou hipnotizada. Suas palavras arrebataram meu coração. Seu toque quente em meu rosto me estremeceu inteira. Céus como sinto falta de seu toque. Ele por inteiro me faz falta. Sua presença é irritantemente irresistível. O cheiro dele me deixou tão perturbada que eu simplesmente soltei sem querer...

- Eu sou sua. – ele percorreu sua mão até minha nuca, abrindo um sorriso no rosto e me puxou para um beijo avassalador.