Capítulo 13 - Tomando o controle!

 

EDWARD

 

No sábado à tarde, logo após chegarmos a São Francisco, Bella e eu fomos dar uma volta pela cidade. Eu queria mostrar a ela alguns lugares que adorava e os quais fizeram parte da minha infância e adolescência. Desde que fui para Berkeley estudar voltei pouquíssimas vezes para cá e em todas elas eu sequer vi meus pais direito. Quando não estavam no trabalho, estavam viajando para algum lugar qualquer. E ultimamente, mesmo parecendo horrível sentir-se dessa forma, eu não voltaria mesmo que eles estivessem por aqui.

Das últimas vezes que ainda fiz esse esforço, as únicas coisas que ouvi foram cobranças e mais cobranças. Meu pai estava chateado comigo porque eu havia faltado a algumas reuniões com o conselho estudantil e com o reitor. Porque meu desempenho não era o melhor da turma e porque eu ainda não havia terminado os milhares de cursos extracurriculares que ele queria.

Minha mãe não se importa tanto com meus estudos. Ela só quer me ver casado com um bom partido e mostrar para as socialites da cidade que seu filho fez a coisa certa. Que o dinheiro da família cresceu ainda mais. Ela nunca interferiu nas discussões entre papai e eu. Sempre foi território neutro em nossa casa e isso para mim só mostra que também não posso contar com ela.

A única pessoa que de fato me identifico na família é meu tio Alec. Ele é considerado a ovelha negra da família por não ter seguido os passos de meu avô. Foi meu tio quem despertou o gosto pela música em mim. Foi ele que me deu o primeiro violão que tive, o qual meu pai fez questão de esconder logo após meu aniversário de oito anos. Aquela foi a primeira vez que fui privado de algo. Eu não liguei tanto afinal era pequeno demais, porem quando adolescente eu tinha sede em expor meus pensamentos e vontades.

Nessa fase meus pais tentaram me manter ocupado de todas as formas possíveis. Eu estava sendo moldado como massa de modelar. Precisava ser um exemplo, o melhor em tudo e honrar nosso sobrenome. Mas o que eles não sabiam é que Alec também estava me ensinando muito naquela época.

Meu tio mesmo após brigar com meu avo e ser deserdado, decidiu permanecer em São Francisco e nós nos encontrávamos escondido da família logo depois o colégio. Alec havia aberto um estúdio musical no centro da cidade e pelo menos duas vezes na semana, ele me levava para lá. Aquele momento definitivamente era o ponto alto da minha semana. Foi com ele que aprendi tudo o que sei hoje e tenho uma admiração e carinho enormes por ele, ao ponto de desejar ter sido seu filho.

Eu não contei a Bella sobre ele. Não tinha certeza se ela aceitaria me acompanhar a esse maldito baile então decidi fazer uma surpresa. Eu queria que ela conhecesse o meu lado verdadeiro antes de ter que presenciar minha vida de mentira. Pode parecer ingrato da minha parte. Afinal quem não quer uma vida como a minha, certo? E aqui estou eu, resmungado aos quatro ventos. Contudo eu preferiria uma vida normal, uma família comum do que ter que ser alguém que não sou.

    "Onde estamos indo?" Bella perguntou quando estacionei em frente ao estúdio.

    "Eu quero que conheça alguém." Falei desligando o carro e sorri ao ver o slogan que Alec escolheu para promover o estúdio anos atrás.

Rebels Cullen. Nós fazemos a diferença.

    "Ok." Bella deu um sorrio despreocupado e saímos do carro. Eu entrelacei nossos dedos e caminhamos até lá.

No hall de entrada um sorriso tomou conta do meu rosto. Aquele ambiente me deixava confortável, alegre. Eu me sentia em casa.

    "Será que tem alguém trabalhando nessa joça?" Perguntei alto e caminhei em direção ao escritório de meu tio. Bella apertou minha mão parecendo constrangida.

    "Jane acho que estou tendo uma alucinação. Pensei ter ouvido a voz do ingrato do meu sobrinho o qual não me visita mais." Alec disse dramático e me fazendo rir.

    "Não é alucinação tio. E para de fazer drama. Não faz tanto tempo que nos vimos." Ele levantou da cadeira com um sorriso no rosto e veio me abraçar.

    "Ah meu garoto! Que bom te ver." Ele apertou minhas bochechas como sempre fazia desde que eu era pequeno "Vejo que hoje trouxe uma companhia. E que linda companhia!" Disse com seu jeito sedutor de araque e beijou a mão da minha garota.

Meu tio sabe tudo sobre Bella. Nós nos falamos por telefone pelo menos uma vez por semana.

Bella olhou para mim estranhando a situação "Você não leva mais jeito com as garotas tio e pode tirar o cavalo da chuva que essa já é minha. Sem contar que você já casou com a mais bela de todas."

    "Disso eu não posso discordar." Alec disse beijando os cabelos de minha tia.

Jane sorriu e veio me abraçar "Sempre tão querido. Que bom te ver Edward. Seu tio já estava reclamando de sua ausência."

    "Me desculpem não ter vindo antes. Muita agitação." Meu tio olhou para Bella com um sorriso que eu bem conhecia.

    "Sei bem que agitação é essa. Já tive sua idade um dia, Edward." Bella deu um sorriso envergonhado e eu enlacei meus braços ao seu redor.

    "Alec pare de constrangê-los e deixe o menino nos apresentar essa adorável garota."

    "Obrigada Jane. Bella estes são Alec e Jane, meus tios."

    "Prazer conhecê-los." Bella disse estendendo a mão e meu tio, com seu jeitão único de ser, puxou-a para um abraço.

    "O prazer é nossa Bella. Edward nunca trouxe uma garota para nos conhecer antes então não se chateei com nossa surpresa."

    "Imagina. Eu estou tão surpresa quanto vocês." Ela disse e me deu uma olhada repreensiva.

Jane também deu um abraço nela. "Você é uma princesa. Bem que nos contou que ela é linda." Eu sorri vendo meu tio fazer um sinal de positivo para mim discretamente. "Venham. Vamos lá para trás e conversar um pouco." Jane disse enganchando seu braço no de Bella como se a conhecesse há anos, e meu tio e eu seguimos logo depois que decidiu fechar o escritório mais cedo.

    "Vocês estão com pressa? Querem jantar conosco?" Alec perguntou me oferecendo uma cerveja.

    "Obrigado tio, mas ainda tenho que dirigir até o country club essa noite." Ele franziu o cenho preocupado e abriu uma cerveja para ele.

O estúdio de Alec foi um achado. O proprietário anterior precisava mudar-se e não estava conseguindo vender o imóvel porque tinha a ala comercial na frente. Nos fundos do terreno há uma bela casa, de pequeno porte, mas muito aconchegante. Para meu tio foi perfeito. Nós nos sentamos à mesa que fica no pequeno quintal anexo a casa. Jane estava mostrando o jardim para Bella.

    "Vai levar Bella com você?" Perguntou com certo receio. Meu tio sabe como me sinto em relação a minha família.

Nós nos igualamos a esse sentimento. Ele entende meus medos. Sei que estou expondo Bella nessa situação. Mas sabe quando ainda existe uma pequena esperança? Eu desejo estar bem com meus pais, que eles me aceitem como sou e que aceitem minhas decisões.

    "Eu não queria tio, mas esse ano não vou conseguir aguentar toda aquela porcaria sozinho. E eu quero que meus pais a conheçam. Saibam o quanto ela é importante pra mim." Meu tio suspirou e olhou para Bella e Jane enquanto conversavam.

    "Bella é adorável."

    "Ela é incrível. No começo me deu trabalho conquistá-la, mas agora não desgrudamos mais. Sem contar a força que ela tem me dado." Ele riu do meu entusiasmo.

    "Com Jane também foi assim. Ela me deu força e me fez enxergar um mundo diferente do que eu vivia."

Eu admiro Alec pela decisão que ele tomou anos atrás. De abrir mão de uma fortuna para viver a vida como bem entendia. Eu pensei por diversas em tomar essa mesma decisão, mas eu sempre fico me perguntado... E depois? Não que eu pense no dinheiro da minha família. Sei que cresci sem passar por dificuldades, contudo também sei que com força de vontade eu posso ser bem sucedido como ele foi. Mas ai eu fico pensando em todos esses anos que ele e meu avô não se falam, que papai faz de conta que não tem um irmão. Por mais errado que meus pais hajam, eles ainda são meus pais. Eu não quero desapontá-los. Falhar com eles. E ai eu penso... Não são eles que estão falhando comigo todos esses anos? É confuso demais.

    "Foi por ela que eu voltei a tocar. Por ter me incentivado. Eu já tinha aceitado engolir o que meus pais queriam. Estava conformado."

    "Então você decidiu parar com o curso?" Quis saber animado. Envergonhado por minha fraqueza eu somente balancei minha cabeça negativamente.

    "Não, eu não parei. E isso me atormenta todos os dias. Eu sinto vontade de chutar o balde, mas ai fico com receio. Agora que voltei a tocar, tem me ajudado a esquecer as outras coisas."

    "Edward eu nunca julguei você ou suas decisões e não vai ser hoje que vou começar, mas viver no conformismo vai acabar com você. E te digo mais. Você pode até esquecer temporariamente com a música, mas e quando chegar ao ponto de que só isso não é o suficiente? Já parou pra pensar o que pode acontecer daqui pra frente? Acha mesmo que seus pais irão aceitar isso? E eu não me refiro somente a Bella. O que acha que vai acontecer quando descobrirem que está tocando de novo?"

    "Eu não sei. Realmente não sei." Bufei frustrado. "Eu não tenho a mesma coragem que você teve." Alec riu de leve.

    "Não foi coragem que tive filho. Foi vontade de viver. Fazer parte daquela família não era vida pra mim. Eu também tive medo de jogar tudo pro alto e viver uma vida por conta própria. Eu sei que é assustador quando não conhecemos o que esperar. Mas como pode ver eu sobrevivi e não foi um bicho de sete cabeças."

    "Você tinha Jane ao seu lado."

    "Jane foi minha companheira sim e eu sabia que ela estava disposta a encarar tudo isso comigo. Mas não fiz isso por ela, fiz por mim mesmo. Por querer ter livre arbítrio e vontade própria. Não queria ser uma marionete como seu pai."

Era justamente assim que eu me sinto. Uma marionete. Como hoje por exemplo. Se eu faltasse a esse baile seria motivo para uma briga e eu não estava afim de brigar.

    "Você se arrepende dessa decisão? Digo com relação ao vovo e meu pai." Ele tomou um gole de sua bebida sorrindo ao escutar Jane gargalhar com Bella.    

    "Me arrependo de não ter tomado essa decisão antes. Sei como você se sente Edward. Eu também tinha receio de magoar meus pais até o momento que percebi que o que eles faziam comigo era errado. Eu não podia me sentir culpado pela atitudes deles. Dói não falar com meu pai, com meu irmão? É claro que sim, mas tenho certeza que dói ainda mais neles. Naquele dia que sai de casa eu tomei a decisão de não me torturar por um erro deles." Ele pausou colocando sua mão em minha perna que só então percebi estar balançando nervosamente “Já te disse isso antes e digo quanto vezes for preciso. Eu sempre vou te apoiar e estar ao seu lado. Pode contar comigo para o que precisar.”

E foi ali naquele momento que eu percebi o quanto suas palavras eram verdadeiras. Alec sempre esteve ao meu lado e eu nunca tive que pedir para ele estar.

Naquela noite quando Bella e eu já estávamos no hotel e nos arrumando para o baile, pensei no que meu tio havia dito e era exatamente o que eu sentia.

Eu me esforço tanto para agradar meus pais, ser aceito, que me culpo pela hipótese de desapontá-los por um eventual grito de independência. O meu maior erro foi tentar conquistar o amor deles, a compreensão, afeto, orgulho, aceitando calado suas vontades.

Foi ai que me lembrei de uma conversa que Bella e eu tivemos há pouco tempo. Eventualmente nós conversávamos sobre o tempo que fez terapia e das dificuldades que enfrentou, e ainda enfrenta, para aceitar sua imagem. Ela percebeu através da terapia que se sujeitou a passar pelo que passou para tentar ser aceita. E isso só mudou quando começou a aceitar a si própria. Não pelos outros e sim por ela mesma. Eu estava cometendo o mesmo erro. Tentando ser alguém diferente para ser aceito. Para mendigar o pouco de atenção que meus pais ainda tem comigo.

Sentado na cama do hotel eu tive que me controlar para não chorar. Por realizar quanto tempo estava desperdiçando. E o mais foda de tudo é que hoje eu estava fazendo a mesma coisa. Estava colocando Bella na jaula dos leões para conseguir a aprovação deles.

    "Você está bem?" Bella perguntou acariciando meu rosto e com preocupação no olhar.

Controlando minhas emoções eu ergui a cabeça e olhei para ela. Bella estava deslumbrante. O vestido que eu havia escolhido, com a ajuda de Alice, havia ficado perfeito nela. Quando fui comprá-lo Alice ficou no telefone comigo por duas horas. A cada loja que eu entrava, mandava fotos de alguns modelos que eu havia gostado e ela foi me dando algumas dicas. Eu queria, acima de tudo, que Bella se sentisse bem essa noite. Por isso Alice me ajudou a escolher um modelo que marca suas curvas, e esconde algumas imperfeições que sei que Bella não gosta. Para mim ela é perfeita, mas como disse, seu bem estar é mais importante do que minhas vontades. Entre quatro paredes é outra estória.

Eu beijei seus lábios sentindo o gosto do gloss que ela havia passado. Morangos. "Vai borrar minha maquiagem." Resmungou fazendo uma careta fofa.

    "Não me importo. Aliás, nós podemos nem sair desse quarto." Ela estava linda, mas eu queria mesmo era vê-la nua.

    "Bobo. Já não estamos atrasados?" Perguntou se afastando e foi olhar as horas no celular "Já são quase sete horas. Eu vou só terminar de arrumar meu cabelo ok?" Disse adorável e correu para o banheiro.

Eu engoli seco sentindo minhas mãos tremerem. Eu não ia fazer isso com ela, com nós dois. Não podia mais continuar esse circulo vicioso. Me sentindo ansioso, eufórico e ao mesmo tempo nervoso, eu a segui até o banheiro e comecei a me despir. "O que está fazendo?" Ela olhou para mim através do espelho enquanto eu tirava meu paletó e camisa "Edward o que houve?"

Eu não tinha como explicar tudo a ela. Não agora. Se ao menos tentasse dizer algo seria consumido pelo choro. Agora eu só precisava senti-la perto de mim.

    "Me promete que vai estar ao meu lado? Independente da decisão que eu tomar?" Pedi me aproximando dela e beijei o vão de seu pescoço, abrindo em seguida o zíper de seu vestido.

    "Você sabe que vou estar sempre ao seu lado meu querido." Ela disse amolecendo com meu toque "Aconteceu algo? Está me deixando preocupada."

    "Eu só preciso que faça amor comigo. Preciso te sentir, Bella."

Eu precisava de proximidade, me sentir amado, querido, desejado. Só ela é capaz de fazer com que eu me sinta assim. Só precisava saber que ao jogar tudo para o alto, Bella ainda vai estar ao meu lado. Porque com ela eu não preciso fingir, não preciso agradar para ter afeto, não preciso mentir para ter sua atenção. Ela o faz porque me ama, porque aceita quem eu sou.

    "Eu estou aqui, Edward. Não vou a lugar algum." Disse virando seu corpo de frente ao meu e arrastou a alça do vestido para que ele caísse aos seus pés. "Eu estou aqui." Sussurrou segurando meu rosto entre suas mãos e eu capturei seus lábios com força, querendo afastar a dor que eu sentia em meu coração.

 

~ EEEA ~

 

Durante a madrugada e sem conseguir dormir, eu canalizei minha atenção na luz do meu celular que brilhava na escuridão do quarto a cada ligação perdida. Bella ressonava ao meu lado e eu desejei que ela estivesse acordada para impedir que eu me torturasse ainda mais.

Eu só precisava de uma confirmação...

Talvez... Eles estejam preocupados comigo?

Eu desbloqueei a tela do celular e vi o nome do meu pai. Marcava dez ligações perdidas e uma mensagem de voz. Eu deslizei meu dedo para ouvir a mensagem e quando a voz do meu pai surgiu, o nó em minha garganta ficou impossível de segurar.

"Edward onde você está? Você perdeu o juízo garoto? Faz ideia da vergonha que fez sua mãe e eu passarmos essa noite?"

Não. Ele não havia ligado para saber se eu estava bem, se algo tinha acontecido comigo.

    "Shh... Está tudo bem. Vem aqui amor." Bella pediu envolvendo seus braços ao meu redor logo depois que joguei meu celular no chão e solucei com o choro sofrido.

Eu me sentia sufocado, reprimido, perdido e abandonado pelos meus próprios pais. O pior é que esses sentimentos não eram novos, eu só havia criado uma maneira de escondê-los, prorrogar um momento na esperança de que um dia, quem sabe, eles pudessem enxergar o que acontecia dentro de mim. Mas eu havia chegado ao meu limite com a certeza de que esse dia nunca chegaria. E eu não quero mais viver com esse peso em meus ombros.

Eu chorei nos braços de Bella pelo resto da noite. Coloquei para fora todas as minhas frustrações, sentimentos reprimidos por todos esses anos, meus medos e anseios. Ela foi o meu terapeuta, minha amiga, minha namorada, o amor da minha vida, dizendo que tudo ficaria bem. Que nós conseguiríamos seguir em frente. Que aquilo agora era passado, que precisávamos pensar no futuro.

Em nós.

E com apenas essas cinco letras ela plantou uma semente de força dentro de mim. Eu havia tomado o controle da minha vida por mim mesmo e agora tomaria o controle do futuro por nós dois.

Quando o dia começou a clarear eu senti que um peso havia sido tirado dos meus ombros. Me sentia mais leve e aliviado.

    "Vamos tomar um banho? Quero te levar para comer o melhor omelete com bacon da cidade." Bella se espreguiçou igual uma gatinha na cama e nós dois rimos quando seu estomago roncou "Isso pra mim é um enorme sim."

Nós tomamos banho, nos arrumamos e fizemos o check out. Quando estacionei o carro em frente ao estúdio do meu tio, ele e Jane já nos esperavam do lado de fora. Eu havia mandado uma mensagem para ele logo que saímos do hotel.

Bella sorriu para mim e eu beijei sua mão que estava entrelaçado a minha "O melhor café da manhã que poderíamos tomar." Disse carinhosa.

    "Realmente o melhor. Com você e minha família."

Ao descermos do carro meu tio veio me dar um abraço apertado e seus olhos transbordavam algo que eu sempre esperei enxergar das pessoas erradas. Orgulho, carinho e amor de pai.

    "Vamos meu garoto. Sua tia fez uma mesa enorme cheia de guloseimas pra vocês."

Eu sorri sentindo meus olhos pinicarem pelas lágrimas "Obrigado tio. Por tudo."