Capítulo 1

Edward

Eu não podia acreditar que Emmett havia me deixado na mão mais uma vez. Aquele infeliz do meu irmão vai escutar poucas e boas quando aparecer aqui hoje. Nós estamos na melhor temporada de vendas por causa do turismo e ele ainda pisa na bola desse jeito?

Meu irmão e eu somos donos da Alchemist Beer, uma fabrica pequena de produção de cerveja. Herdamos esse lugar de nosso pai e confesso que adoro o que faço. São tantas possibilidades que temos na arte de fazer cerveja que me deixa fascinado. Ah e também eu amo cerveja.

Mas voltando ao assunto do pateta do meu irmão. Estou pensando seriamente em contratar alguém para ficar no lugar dele, só pra ele aprender que não é mais um adolescente inconsequente. Tenho certeza que aquele infeliz deve ter tido mais uma de suas noitadas e perdeu a hora.

O que me resta agora é abrir nossa bodega sozinho e mandar a requisão para a agência de empregos.

~ B&L ~

Há uma semana coloquei o anúncio para atendente no jornal da cidade. Eu havia deixado bem claro que estava contratando homens para o trabalho e no entanto hoje cá estou eu, olhando para a garota mais gostosa e linda que já vi e que veio fazer um teste para o trabalho.

                “Quem é a garota?” Emmett perguntou ao entrar em nosso escritório. Por incrível que pareça ele não ficou tão chateado quando falei que iria contratar alguém para ficar no lugar dele. Agora ele me ajuda com a papelada do escritório.

                “Ela veio pelo anúncio.” Falei olhando a garota. Isabella pelo que dizia em seu currículo e me perguntando o que raios eu iria falar para ela.

                “Gostosa.” Emmett disse quase deixando a baba escorrer “Por mim já está contratada.” Disse ele com um sorrisinho de comer de merda no rosto.

                “É, mas ainda bem que não depende de você não é Emmett? Se não esse lugar estaria cheio dessas periguetes que você pega por aí.” Eu falei curto e grosso não gostando nada do olhar faminto que ele lançava para garota.

 

Eu não podia negar. Isabella realmente é muito gata. Seu corpo é bem torneado, com cintura fina, seios fartos e pela rápida olhada que dei em seu traseiro é daqueles que dá vontade de ficar apertando o tempo todo. Seu rosto é delicado, com olhos marcantes e seus cabelos de um marrom avermelhado. Agora o que mais me chamou atenção mesmo são as tatuagens que ela tem a mostra, sem contar o piercing na sobrancelha direita.

Já falei que sou vidrado em tatuagens e piercings? Pois é. Eu mesmo tenho diversas tatuagens pelo corpo e um piercing na língua. Essa garota é a personificação das minhas fantasias e só de ficar olhando para ela do meu escritório enquanto penso o que fazer, eu fiquei duro como nunca havia ficado antes.

 

Entretanto eu não podia contratar Isabella só pela sua beleza, sem contar que para fazer o serviço de atendimento ao balcão preciso de alguém que esteja acostumado a trabalhar pesado para lidar com os barris de chopp e os engradados de cerveja. Mesmo tendo essa figura exótica Isabella me parece uma garota delicada.

Eu me aproximei dela e seus olhos logo ficaram na expectativa pela minha resposta. Ela parecia tão confiante que eu fiquei chateado em ter que dispensá-la. Seria uma boa ter a visão dela todos os dias durante o trabalho.

                “Então...” Ela perguntou mordendo os lábios que só agora, mais de perto, pude perceber que são carnudos e deliciosamente beijáveis.

                “É... Bem Isabella meu irmão e eu conversamos e infelizmente você não esta dentro do perfil que nós estamos procurando.” Seu rosto murchou totalmente.

                “E qual o perfil que vocês estão procurando? Olha por que não me deixa fazer um teste?” Ela perguntou suavemente e eu me senti péssimo por ela.

                “É que nós precisamos de alguém que trabalhe pesado. O serviço aqui não é para garotas por isso pedi no anúncio por homens.” Eu falei sinceramente e vi seus olhos cerrarem em minha direção como que se quisesse me esganar ou algo parecido.

               “Puta preconceito isso. Eu posso muito bem trabalhar como um homem até mesmo melhor do que um se você quer saber.” Isabella disse com raiva e eu me segurei para não rir na frente dela.

Quem em sã consciência fala assim em uma entrevista de emprego? Aparentemente ela.

                “Veja, não é preconceito...” Eu comecei, mas ela me cortou.

                “Se não é preconceito então me deixe fazer um teste. Posso provar que consigo fazer seja lá o que precise.” Disse ela determinada e só porque eu gosto de um bom desafio, resolvi ver se ela realmente podia pagar com a língua.

                “Tudo bem, vamos lá.” Eu falei apontando para trás do balcão onde servimos aos clientes que vem conhecer nossa fábrica as diversas variedades de cerveja que produzimos. “Eu preciso que você remova aqueles dez engradados de cerveja do estoque aqui para frente e depois mais três barris de chopp.”


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